terça-feira, 4 de maio de 2010

LUGAR COMUM

Um silêncio ensurdecedor habita dentro de mim. Procuro visualizar os novos lugares ao mundo. O perdão do desperdício de senso e tempo. A quebra das correntes invisíveis do departamento de entraves e afins. Novos hábitos e árduo amanhecer. Tudo tem sempre o porquê e pra quê.

No momento, sinto a burrice de estar um pouco alheia ao dia-a-dia do mundo global. Leio rápido a Folha, o NY Times, The Guardian e o Le Monde, mas ainda assim os pensamentos estão longe e não existe a interação com o meio.

Interajo com livros, marca-textos coloridos, post-it neons, cadernos pretos e uma luminária herdada pelo irmão mais velho.

O dia começa no escuro e termina no escuro da noite. Nesse meio tempo a luz mais brilhante vem da luminária ou pelas frestas da persiana mal fechada ou mal aberta.

A máquina de café expresso cogita ser ligada a todo vapor. Ela tem destaque compartilhado com o microondas na estante da sala, só perde em temos de importância, pois em cima do microondas tem um aconchegante ambiente zen feito de cristais, incensos e cheiro de chá verde. Tudo isso para manter o sono longe e a luz acessa.

Coloquei dentro do baú da felicidade as músicas, os seriados, os filmes e as revistas divertidas. Tudo ali meio longe meio perto. O bom é que não está trancado, mas com acesso limitado.
Assim, bem lugar comum, os passos vão em busca do Norte.

By Fulana – Gilmore