segunda-feira, 6 de agosto de 2007

BLÁ BLÁ BLÁ by Beltrana

"Esta semana, enquanto aguardava o início de uma dinâmica, li o trecho de um texto de Rubem Alves, intitulado: O FIM DA BANDA.

Rubem Alves afirma que tem saudade da ditadura porque havia uma explicação para toda desgraça* que acontecia no país.

O povo estava unido. Pronto para destruir o bode expiatório. As pessoas sonhavam com um país melhor. Eram todos munidos do mesmo objetivo. Falavam a mesma língua.

Muitas pessoas, também, morreram por causa dele.

Este sonho de LIBERDADE unia todos.

Lembra a música de Chico Buarque: "Apesar de você amanhã há der ser novo dia: o galo vai cantar sem pedir licença, o jardim vai florescer, o sol vai nascer e a gente vais se amar sem parar."

A ditadura se foi e com ela nossos sonhos também. Será? Será que não podemos sonhar? Será que não podemos querer melhorar nosso país?

Ele confirma a sua afirmação com outro texto do grande Chico Buarque: "estava à toa na vida, o meu amor me chamou pra ver a banda passar cantando coisas de amor......" a banda passou, e nós esquecemos dos sonhos, objetivos.

Preciso concordar com Rubem Alves em parte. O amanhã chegou junto com um novo dia, o jardim floresceu sim, o galo cantou, mas, infelizmente, nos fechamos para nossa vida.

Votamos naquele que pode resolver nosso problema. Esquecemos da coletividade.

Os nossos sonhos estão guardados dentro de nós. Num lugarzinho que somente a gente tem acesso. Sabemos o que queremos, o que necessitamos. E não precisamos de muito. Apenas do essencial.

Qual o seu essencial? Pense nisso.

*Sicrana isto não é um palavrão."

by Beltrana

Resposta: Beltrana, para mim essa é uma das palavras mais feias da língua portuguesa. Não falo, nem escrevo. Deixei no post por respeito à sua liberdade de expressão, e porque só copiei e colei.

Sicrana

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá meninas,

Beltrana concordo com vc quanto a palavra* não ser um palavrão, ao mesmo tempo que endosso a afirmação de Sicrana que é uma palavra pesada e não gosto de escutar a dita cuja... prefiro um monte de piorras...
Agora me reportando ao seu texto, vou resumir num trecho de uma entrevista de Leila Pinheiro falnado sobre o seu mais novo trabalho...

"nos horizontes do mundo não haverá movimento / se o botão do sentimento não abrir no coração".

É o meu não à pressa, à violência, à correria insana atrás de dinheiro, fama e poder. É um não geral ao desamor do mundo de hoje, à falta de delicadeza, de cuidado com a vida e com o outro.

Beijooo
Mamis

FULANA E SICRANA disse...

Mamis,
Gostei do seu "não" e assino embaixo, corremos tanto atrás de coisas materiais ou de sensação de poder... Às vezes fico pensando se isso é uma necessidade realmente nossa, ou queremos mesmo é mostrar aos amigos e principalmente aos inimigos aonde podemos chegar.
Sicrana

Thanuca disse...

Olá Bel Sin,
Esse texto é maravilhoso e pra epoca politica q estamos vivenciando tá perfeito.

Esses politicos precisam ver o povo como seu significante e n fazer do povo menos favorecido a sua escada ... num país tão rico a falta de valorização do seu povo humilde, carente é uma vergonha; q tem como a sua unica distração é ficar na janela a espera de algo q lhe dê vida.
o nosso povo precisa viver de coisas reais
Thanuca.