segunda-feira, 14 de julho de 2008

VENDEDORA FORA DE ÓRBITA

Não existe situação mais insuportável, para mim, que uma vendedora que fala e gesticula demais.

Pior ainda quando nós clientes não somos chamados de burros, sutilmente, porque ela julga que não estamos antenados com a moda ou que não conhecemos determinado estilista.

Somos obrigados? Eu não sou!

Num belo sábado de frio delicioso, saio com Sicrana porque ela precisava comprar uma bolsa para uma bela viagem. Entramos em várias lojas. Numa destas pesquisas, cai como de pára-quedas (quase em cima de nós), até hoje não sabemos se é gerente ou dona, um ser, um pouco afetada, que iniciou a conversa querendo saber de qualquer maneira qual seria minha relação com Sicrana.

Muita intimidade. Não gosto disto. Bastava perguntar se estávamos juntas.

Too much information!

Durante o tempo que ficamos na loja, somente a vendedora falava e gesticulava. Cheguei a pensar, esperançosa, que a qualquer momento ela iria sumir, do mesmo jeito que apareceu, e que ficaríamos livres da voz enjoada e das opiniões, impostas, que não somos obrigados a aceitar. Nossa intenção seria comprar algo, mas diante de tanta "falação", gesticulação, ofensas (sutis) resolvemos sair da loja, não da mesma maneira que entramos, até porque isto é impossível, sem comprar a mercadoria que gostamos e ainda ouvimos a frase do dia: "amadureçam a idéia".

by Beltrana

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