SABADÃO

Então é Natal... e meu novo lar doce lar não viu a cara do Natal ainda. No máximo o panetone esperando o dono em cima da estante.
O Natal já fez din don e eu não percebi de tanta correria.
Correria não por causa dele que isso fique bem claro.
Ele vai chegar e, preparada ou não, vou me permitir um momento de reflexão e desafios para a chegada do novo ano.
Não vou ter tarde de compras. A ideia é sair correndo do trabalho e comprar o único presente prioridade da lista – amigo secreto da big family. Os outros a gente conta com a ajuda da internet.
Na cabeça, a preparação para o jantar de reveillon. Na agenda, visita do diretor. Na memória, Paris.
Na vida, mudança alimentar e meta para voltar ao que era antes.
Chá verde é o amargo da vez. O café ficou na dispensa. O bate papo tem que continuar.
Negócios com novos horizontes. Vontade de mudar. O mar está distante, só do alto e olhe lá.
Onde iremos brincar? Sozinha na sala rodeada de ilhas sem mar.
Incrível como ainda não sintonizei a rádio Jingle’s Bell. O cérebro acelerado com guaraná em pó, cacau e chá verde pede um dia de sessão da tarde.
Na procura por outro seriado para virar fã. Na expectativa de ver as roupas novas do ateliê. No prazer de burlar o sistema do buffet e tomar Absolut com energético. No mundo além mar que se poderá de mim. Na sensação de estar dentro de uma livraria sentada no sofá da Starbucks.
Estou aqui em pleno sabadão contando os minutos para a liberdade de entrar no fabuloso mundo do Papai Noel. Eu e o ar condicionado no máximo ao redor das ilhas vazias.

by Fulana