TÉDIO
Vim para falar do tédio.
Ou melhor, fugir dele.
A ilha perdida é o antro do tédio absoluto. Nada consegue prender minha atenção diante de tanta monotonia executiva. O tempo ativa a tecla slow motion automaticamente e tudo participa da campanha pró-tédio.
Conversas na sala ao lado de um conference call em volume alto e desnecessário; piadinhas com total falta de senso de humor atravessam as ilhas; ar condicionado sem gelar; excesso de cinza por todos os lados; sons de teclas em movimentos; expectativa da chuva; calor abafado; planilhas não convidativas; ideias divertidas no pen drive particular; reuniões incansáveis e inoperantes; Paris longe daqui; pessoas de sempre; chatice de sempre; emails legais esporádicos e curtos; adoração total por outro tipo de ofício e um telefone histérico.
O tédio invadiu minha tarde e eu fugirei dele até o fim.
Um comentário:
Oi Fulana
Não ando sumida, estou contida em mim...
Saudades...
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