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Pense em uma pessoa sisuda. Essa sou eu hoje.

Oiêêêêêê. Não vem que não tem.

Grosserias. Isso eu digiro aos poucos e não adianta, não volto atrás. A relação se quebra pra sempre e para recriar uma nova é uma outra estória. Cara feia e carrancuda, nem pensar. A idéia transmitida é de seriedade, mas não mexa comigo.

Suspiro fundo e prolongado. É só não absorver a carranca alheia. Sabe, não adianta nada o tempo passar, as coisas continuam como no primário:

- Guarda o meu lugar lá, viu?

- Oh tia, coloca mais um pouquinho.

- Oba! Merenda!

- Eu vi o bilhetinho que você deixou em cima da minha mesa. Adorei!
Regressões à parte. Fazer a social é fundamental em certos ambientes. Mas com as pessoas certas, diga-se de passagem.

“O bom é que eu sou um cara paciente.” Muito gostoso ouvir isso. Ainda mais nesse meu período hibernação.

Deixar as antenas ligadas e observar o andamento e o desenrolar dessas trocas de olhares. Torcida pra render, torcida pra render. Pena que não pode ser compartilhado e festejado. Imaginar tão somente só. Ri sozinha, divagar, torcer e rezar para acontecer.

Como vai ser bom esse beijo. No tempo certo, com a dose de carinho exata e o desejo reprimido sendo finalmente exalado.

Bom ter você aqui. Engata não engata, vai não vai, chove não molha e a certeza que tudo isso vai passar e o brinde vai ser deliciado com saciedade e fome. Ao acordar, lembrei de você e meus lábios ensaiaram um sorriso.

by Fulana