quarta-feira, 15 de agosto de 2007

ALÉM DO HORIZONTE

Voltar pra casa depois de uma semana viajando à trabalho é realmente uma maravilha! Porém, se seu cenário é: voltar do happy hour as 02:30h da manhã, sendo que você tem que está no lobby do hotel às 04:30h para fechar a conta e esperar a van que vai pro aeroporto às 05:00h a coisa muda um pouco de figura...

Lá estava eu sem dormir, com olheiras imensas e brigando com as próprias malas no elevador (malas feitas para passar vinte dias cheias de casacos pois um dos destinos seria São Paulo, sem contar com os queijos de Minas, doces de leite e a verdadeira cachaça mineira).

Uma boa alma (o Marcelo) veio ao meu socorro e me ajudou com as malas e logo o papo fluiu. Descobri que em parte faríamos o mesmo trajeto e isso já abriu a possibilidade de novas conversações... Normalmente, dado o horário, seria uma pessoa quieta e não aberta a qualquer tipo de aproximação. Não que seja mal-humorada ao acordar, pelo contrário, amigas de muitos anos odeiam minha alegria matinal. Porém, a conversa rendeu...

Primeiro pela nossa indignação ao ter que esperar um hóspede retardatário e a nossa van só saiu às 06:00h. Na van, conheci o primo do Marcelo, o Gustavo. Fui convidada a um bom expresso (coisa que não nego mesmo... risos) e foi assim que o meu trajeto ficou divertido.

Não falamos sobre o tempo ou o resultado do jogo de futebol. Ao contrário, a conversa foi surpreendente e sobre coisas que valem a pena (pelo menos pra mim): viagens, diferenças regionais, família, medos, manias, bons lugares para se conhecer, culinária, assuntos profissionais... Em resumo, fazia tempo em que não interagia tão bem com duas pessoas completamente estranhas.

E foi assim, um cafezinho em um aeroporto, depois a carona de um aeroporto pra outro, mais outro cafezinho e finalmente o aguardo dos vôos (cada um pra um destino) que iniciou uma nova amizade.

Hoje trocamos e-mails e já descobrimos que somos ‘quase’ primos.

Em tempos de crise aérea, tive a sorte de conhecer pessoas simples, sábias e gentis. E viva os atrasos e a falta de vôos diretos!!!

Só me arrependi de não ter tirado fotos com eles e olha que a digital tava na bolsa da Pucca...

Mas fica a boa lembrança no coração.

by Fulana


P.S. Esse texto é uma homenagem a um hospitaleiro mineiro e um carismático carioca, meus ‘quase’ primos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Keep Walking Carol!!!!Bjos