domingo, 9 de setembro de 2007

Domingo, dia de PREGUIÇA.

Hoje não quero parecer "morta".

Acordei cedinho, depois de um sábado com muito trabalho.

Fui à missa. Não consegui dormir direito. Estava eufórica, ou seria ansiosa?

Bem, o importante é que iria comer uma deliciosa mariscada.

Entrei no carro, ouvindo Bochecha, e segui destino para casa de minha prima.

Conversas sobre vários assuntos, finalmente, falamos sobre algo que amamos: POESIA. E ao ler este poema de Mário Quintana, vi que minha vida está no caminho certo.

"O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 60 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará."

by Beltrana

2 comentários:

Anônimo disse...

...O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor..."

...És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo
Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo.....

Anônimo disse...

Quintana é fantástico, belo poema. Dentre outros gosto deste de Fernando Pessoa, ou melhor, Alberto Caeiro chamado "Se eu pudesse"...Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...


Beltrana, devo-te uma posição. Falamo-nos em breve. Até lá. Bjos. Aydênia (só consegui postar este como anônimo, mas assino em baixo...sempre!!rs)