NA TRILHA no Chile

Em 2005 tive a oportunidade de conhecer o Parque Nacional Torres del Paine, na região da patagônia chilena. Fui convidado por uns colegas da faculdade, mas, até então, nunca tinha ouvido falar do lugar. Depois de pesquisar um pouco, descobri que Torres del Paine está na seleção da National Geographic como um dos 50 lugares que se deve conhecer durante a vida - 50 Places of a Lifetime. Foi o suficiente para que eu decidisse ir.

É um lugar para quem gosta de trekking e turismo ecológico. Mas você pode conhecer o parque ficando hospedado tanto em albergues e campings, quanto em hotéis bastante confortáveis.


A maneira mais fácil de chegar ao parque é indo de avião até a cidade de Punta Arenas, às margens do famoso Estreito de Magalhães. Há vôos diários de Santiago a Punta Arenas. No caminho, faz-se uma escala na cidade de Pucón, numa região muito bonita de vulcões e lagos, que gostaria de ter tido tempo de visitar. De Punta Arenas ainda é preciso pegar um ônibus até Puerto Natales, a cidade mais próxima do parque. Chegando ao parque, cada visitante recebe um mapa e algumas orientações. Entre elas, como agir se você encontrar um puma. Não vi nenhum, mas os guanacos (uma espécie de lhama) e zorros (raposa) são bastante comuns.

Há basicamente dois circuitos que se pode fazer no parque: o circuito “W”, com duração de quatro dias; e o circuito Macizo Paine, com duração de pelo menos sete dias. É preciso um mínimo de condicionamento físico (que eu não tinha) para conseguir fazer as caminhadas de forma confortável. Levar somente o necessário e não usar calçados muito novos são também bons conselhos que posso dar. Mas as paisagens de lagos, vales, montanhas, glaciares e rios compensam o esforço.

A convivência com os outros andarilhos é um atrativo à parte. Há gente de todo o mundo, sobretudo europeus, americanos e hermanos argentinos. A etiqueta recomenda um sorriso e um “Hola!” sempre que se cruza com alguém no caminho. Enquanto se aquece e secam as botas na lareira do albergue é possível conhecer melhor alguns, e ouvir estórias interessantes.

É um lugar que gostaria de visitar novamente, mas antes pretendo conhecer alguns dos outros "50 Places of a Lifetime".


by Menino Leo