sábado, 26 de abril de 2008

MORRO DE SÃO PAULO - PARTE 2



Praticamente todas as amigas já tinha ido daqui e de outros lugares. Os colegas de trabalho de fora afirmavam veemente que eu não era baiana pois nunca tinha estado lá. Absolutamente todo mundo falava bem do local.
Eu nunca fui.
Até o feriadão passado.
Morro é Morro e tem morro. Ah! Se tem!
E segue os pareceres:
A paisagem é de tirar o fôlego, antes mesmo de chegar lá.
O trajeto é peculiar e a logística um tanto quanto cansativa.
Indigne-se, pois terá que pagar para entrar na ilha. Momento inconstitucional. Sensação de estar sendo lesada pelo prefeito sumido e negligente.
O receptivo é de uma hospitalidade ímpar. Parabéns ao turismo e ao turista.
A vista é perfeita. O mar é azul azul... e bota azul nisso.
Estrangeiros ao que parece tomam conta da região.
Dizem que rola drogas, não vi.
Vi pobreza, sim. Por trás da ilha, o trajeto que fazia toda vez que saía do hotel para a vila. Vinte e cinco minutos de estrada de terra ao estilo do rally Paris / Dakar.
O mar era logo ali, na frente do hotel.
O redário foi o local mais freqüentado durante a estadia. Bons momentos sempre pedem uma rede, sombra e Gatorade.
Confesso, não subi no farol para ver o pôr-do-sol. Não fiz trilha. Não fui até Gamboa. Não me melei na lama nutritiva. Nem passei perto da tiroleza, só vi de longe. Não comi o famoso pastel que fica entre a segunda e a terceira praia.
Pronto. Confessei.
Culpa? Nenhuma.
O que fiz já valeu a pena e como!
Passei horas no redário, vendo o mar, jogando conversa fora, colocando a leitura em dia, comendo peixe frito em companhia de pessoas que me querem bem.
Descobri um rio que separa a quarta da quinta praia. Vi a ponte do rio que cai e a areia movediça. Andei pelos corais pedindo desculpa pra eles (me falaram que ao pisar neles estamos matando-os, na dúvida...)
Escrevi na areia e vi peixinhos azuis e verdes florescentes. Dormir ao som da chuva. Tive sorte, era lua cheia.
Comi no Mediterrâneo e o atendimento é primoroso. Comida da boa! Tomei sorvete de jaca da Ribeira. Vi a barraca de roska mais arrumada da minha vida. Ri da dona do hotel e do seu típico mau humor. Fiquei de passagem na Villa das Pedras e escutei o gringês.
Se volto? Volto. De avião ou com lancha própria, no dia que virar milionária.
Senti falta de tomar o expresso, mas aí a gente ia perder o translado... melhor não arriscar.
Sim, como dizem lá é tudo mais caro. Tem justificativa, pra chegar lá tudo é mais difícil. O litro da gasolina é absurdamente caro.
Dica: se quer ficar perto da civilização, opte pela segunda praia. Se quiser silencio e bela paisagem vá pra longe como eu fui.
Feriadão rendeu uma bela tonalidade camarão na minha pele.
Morro é isso aí.
By Fulana

2 comentários:

Anônimo disse...

hehe...é isso aí...esqueceu do sanduba de rico no hotel bala....olhando a piscina e ouvindo francês....Ahh, e Àgua!!, Água!!, Água!!....Caroooollll!
Vamos marcar logo a próxima!!

FULANA E SICRANA disse...

Amo o Morro, lá é o verdadeiro paraíso. E nem acho tão cansativo chegar lá (entre 1h30 e 2h de carro, mais 30min de lancha). Já fui com Bia com menos de 3 anos, ela amou e vive me pedindo para voltar lá.
Não vejo a hora de rever toda aquela paisagem, de caminhar naquelas praias, de ouvir a mistura de línguas, e descansar muito.
Sicrana